Dever e motivação moral: as críticas de Dilthey à ética kantiana

Autores

  • Ricardo Bins di Napoli

Resumo

O artigo propõe-se a apresentar e explicar três críticas de W. Dilthey à teoria moral kantiana com relação à motivação moral. Pelas duas primeiras críticas, que atingem a forma da consciência moral ou o aspecto puramente formal e lógico do dever em Kant – sua universalidade e validade universal –, Dilthey reformula a moral de Kant, reinterpretando o conceito de dever e a sua aplicação. O dever é definido por meio de sínteses que devem corresponder às diferentes formas de obrigação. Elas são modos práticos de comportamento de nossa vontade em sua relação com a moral, na medida em que elas se relacionam com o mundo dos valores. As sínteses seriam as novas formas de relacionar os imperativos da vontade com elementos materiais trazidos pelos valores morais. Na terceira crítica, Dilthey faz uma análise do conteúdo da consciência moral, mostrando que a vontade, se não pode ser motivada por um dever puramente abstrato, como o foi em Kant, precisa de outros motivos como a benevolência, a integridade e a perfeição. 

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