Confiança condicional. Certeza metafÃsica em um mundo contingente Autores Marcus Willaschek Resumo A metafÃsica tradicional assumiu que a razão pode apreender uma ordem estável e necessária sob as aparências mutáveis que são apresentadas a nós por meio de nossos sentidos. O artigo endereça a questão de saber, se alguma coisa permanece da metafÃsica se aceitarmos que o mundo é completamente contingente (não-necessário). Conforme o diagnóstico de Immanuel Kant das falácias da razão pura na "Dialética Transcendental" da CrÃtica da Razão Pura, pensamento racional como tal segue uma estrutura recursiva de perguntas "Por quê?", com a conseqüência de que nossas perguntas podem alcançar um fim (um fim no qual a "necessidade da razão" é satisfeita) apenas com algo "incondicionado". Contra isto, é argumentado que a estrutura recursiva diagnosticada por Kant é caracterÃstica não da razão como tal, mas apenas de uma concepção particular da razão que dominou a metafÃsica ocidental desde os dias de Platão e Aristóteles. Sob uma concepção pragmatÃstica do pensamento racional, por contraste (uma concepção prevista pelo próprio Kant em seu argumento dos "Postulados da Razão Prática Pura"), perguntas razoáveis se apresentam e terminam com respostas que, como matéria de fato, não são disputáveis no contexto no qual são dadas. Desta perspectiva, nada necessário e incondicionado é requerido para satisfazer demandas da razão. À medida que fatos contextualmente incontestáveis tratam de perguntas que têm sido tradicionalmente consideradas como metafÃsicas p.ex., a liberdade da vontade), eles podem servir como base para um tipo pragmatÃstico de metafÃsica que pode ser feito sem ordem eterna e sem fundamentos necessários. Downloads PDF Edição v. 6 n. 6/7 (2008) Seção Artigos