Autonomia e o Reino dos fins

Autores

  • Sarah Holtman University of Minnesota

Palavras-chave:

Kant, Autonomia, Reino dos fins

Resumo

Entre as várias formulações do imperativo categórico propostas por Kant, a Fórmula da Autonomia (de agora em diante FA) é possivelmente a mais rica, e, ao mesmo tempo, a que mais causa perplexidade. Sua riqueza é derivada de três fontes: das íntimas conexões descritas por Kant entre esta versão do princípio moral supremo e as que vieram antes; das discussões centrais a que dá origem – sobretudo a concepção kantiana de Reino dos Fins e a distinção entre preço e dignidade; e, finalmente, da própria noção, intrigante, de autonomia. A perplexidade surge das várias maneiras pelas quais Kant formula este princípio, do fato de este último parecer ser mais explanatório e menos capaz de guiar ações, e de incertezas sobre como, em última instância, podemos dar sentido a leis que nos obrigam porque, e somente porque, as ditamos para nós mesmos. Eu abordo cada um destes pontos acerca da FA abaixo. O objetivo é tornar vívidas as relações e aspectos que constituem a riqueza desta concepção de autonomia e, se não for possível eliminar totalmente a perplexidade, pelo menos amenizar as confusões e preocupações mais sérias associadas à discussão de Kant. Eu termino examinando brevemente as implicações da FA e discussões relacionadas para a filosofia prática de Kant de maneira geral.

Referências

Traduções de Kant em inglês

KANT, I. Groundwork of the Metaphysics of Morals. Thomas E. Hill, Jr., ed., and Arnulf Zweig, trans. New York: Oxford University Press, 2002. (Original work published 1785).

KANT, I. On Perpetual Peace. In Mary Gregor, ed. and trans., Paul Guyer and Allen Wood, series eds., Practical Philosophy. New York: Cambridge University Press, 1996. Original work published 1795.

Outras Referências

HILL, T. E., Jr. The Kingdom of Ends. In. Dignity and Practical Reason in Kant’s Moral Theory. Ithaca, N.Y.: Cornell University Press. 55–66, 1992.

HILL, T. E., Jr. A Kantian Perspective on Moral Rules. In Respect, Pluralism and Justice, New York: Oxford University Press, 33–55, 2000.

HOLTMAN, S. W. Kant, Ideal Theory, and the Justice of Exclusionary Zoning. Ethics, 110:1 (1999, October), 32–58.

Leitura Suplementar

HERMAN, B. A Cosmopolitan Kingdom of Ends. In. Andrews Reath, Christine Korsgaard, and Barbara Herman, eds., Reclaiming the History of Ethics: Essays for John Rawls. New York: Cambridge University Press, 187–213, 1997.

HERMAN, B. Training to Autonomy: Kant and the Question of Moral Education. In Amelie O. Rorty, ed., Philosophers on Education: Historical Perspectives, New York: Routledge, 255–72, 1998.

HILL, T. E., Jr. Autonomy and Benevolent Lies, and The Importance of Autonomy, In Autonomy and Self-Respect. New York: Cambridge University Press. 25–42; 43–51, 1991.

HILL, T. E., Jr. The Kantian Conception of Autonomy. In Dignity and Practical Reason in Kant’s Moral Theory, 76–96, 1992.

O’NEILL, O. Action, Anthropology and Autonomy. In Constructions of Reason. New York: Cambridge University Press, 66–77, 1989.

RAWLS, J. Kant. In Barbara Herman, ed., Lectures on the History of Moral Philosophy. Cambridge, MA: Harvard University Press, 143–322, especially 200–14, 2000.

WOOD, A. W. Kant’s Ethical Thought. New York: Cambridge University Press, esp. 156–190, 1999.

Downloads

Publicado

2015-12-28

Edição

Seção

Artigos