A concepção de sistema em Kant e Fichte
Palavras-chave:
Sistema, completude, unicidade, correção, Kant, FichteResumo
Este trabalho tem por objetivo geral apresentar a concepção de sistema elaborada por Kant e Fichte, e por objetivo particular refletir sobre as suas respectivas propriedades, a saber, a completude, a unicidade e a correção. As problemáticas levantadas em torno destes objetivos dirigem-se a duas questões: 1) Os sistemas filosóficos de Kant e Fichte são abertos ou fechados? 2) Em que sentido eles concebem as propriedades do sistema (completude, unicidade e correção)? Quanto à primeira questão, o trabalho sustenta a hipótese de que ambos defendem, não obstante pressupostos filosóficos distintos, uma teoria de sistema fechado, sendo esta fundada em um conjunto de conceitos e princÃpios especÃficos. Quanto à segunda questão, será defendido que os dois filósofos concebem as propriedades do sistema de forma ligeiramente distinta, embora este tema seja desenvolvido com maior clareza em Fichte. Como conclusão, o trabalho realizará algumas reflexões metateóricas sobre o conceito de sistema e suas propriedades nas filosofias de Kant e Fichte.Referências
ALBERT, Hans. Tratado da razão crÃtica. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1976.
BECKENKAMP, Joãosinho. Entre Kant e Hegel. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2004.
BEISER, Frederick. The fate of reason: German philosophy from Kant to Fichte. Cambridge, Mass.: Harvard University Press, 1987.
BONACCINI, Juan. “Nota sobre o problema da fundamentação última da Begriffssrift de Fichteâ€, Dois Pontos 4.1 (2007): 47-61.
FICHTE, J. Gottlieb. A doutrina-da-ciência (1794). (Col. Os Pensadores). São Paulo: Nova Cultural, 1988.
FICHTE, J. Gottlieb. Sobre o conceito da doutrina-da-ciência ou da assim chamada filosofia (1794). (Col. Os Pensadores). São Paulo: Nova Cultural, 1988.
FICHTE, J. Gottlieb. O princÃpio da doutrina-da-ciência (1797). (Col. Os Pensadores). São Paulo: Nova Cultural, 1988.
FICHTE, J. Gottlieb. O programa da doutrina-da-ciência (1800). (Col. Os Pensadores). São Paulo: Nova Cultural, 1988.
FICHTE, J. Gottlieb. A doutrina-da-ciência e o saber absoluto (1801). (Col. Os Pensadores). São Paulo: Nova Cultural, 1988.
FILHO, Rubens T. O espÃrito e a letra: a crÃtica da imaginação pura em Fichte. São Paulo: Ãtica, 1975.
GIL, Fernando. Recepção da CrÃtica da razão pura: antologia de escritos sobre Kant (1786-1844). Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1992.
HEIDEGGER, Martin. Kant y el problema de la metafÃsica. México: Fondo de Cultura Económica, 1996.
KANT, Immanuel. CrÃtica da razão pura. Petrópolis, RJ: Vozes, 2012.
KANT, Immanuel. CrÃtica da razão prática. Lisboa: Edições 70, 1986.
KANT, Immanuel. CrÃtica da faculdade do juÃzo. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1995.
MARQUES, António. Organismo e sistema em Kant: ensaio sobre o sistema crÃtico kantiano. Lisboa: Presença, 1987.
LOPARIC, Zeljko. A semântica transcendental de Kant. Campinas: UNICAMP, 2001.
LOPARIC, Zeljko. “HeurÃstica kantianaâ€, Cadernos de História e Filosofia da Ciência, 5 (1983): 73-89.
NAGEL, Ernest; NEWMAN, James. Prova de Gödel. São Paulo: Perspectiva, 1973.
SALLIS, John. “Fichte and the problem of systemâ€, Continental Philosophy Review, 9.1 (1976): 75-90.
STRAWSON, Peter. Los limites del sentido: ensayo sobre la CrÃtica de larazón pura de Kant. Madrid: Revista de Occidente, 1968.
TARSKI, Alfred. A concepção semântica da verdade. São Paulo: Unesp, 2007.
ZÖLLER, Gunter. “From transcendental philosophy to Wissenschaftslehre: Fichte’s modification of Kant’s idealismâ€, European Journal of Philosophy, 15.2 (2007): 249-269.