A concepção de sistema em Kant e Fichte

Autores

  • Luís Eduardo Ramos de Souza Universidade Federal do Pará

Palavras-chave:

Sistema, completude, unicidade, correção, Kant, Fichte

Resumo

Este trabalho tem por objetivo geral apresentar a concepção de sistema elaborada por Kant e Fichte, e por objetivo particular refletir sobre as suas respectivas propriedades, a saber, a completude, a unicidade e a correção. As problemáticas levantadas em torno destes objetivos dirigem-se a duas questões: 1) Os sistemas filosóficos de Kant e Fichte são abertos ou fechados? 2) Em que sentido eles concebem as propriedades do sistema (completude, unicidade e correção)? Quanto à primeira questão, o trabalho sustenta a hipótese de que ambos defendem, não obstante pressupostos filosóficos distintos, uma teoria de sistema fechado, sendo esta fundada em um conjunto de conceitos e princípios específicos. Quanto à segunda questão, será defendido que os dois filósofos concebem as propriedades do sistema de forma ligeiramente distinta, embora este tema seja desenvolvido com maior clareza em Fichte. Como conclusão, o trabalho realizará algumas reflexões metateóricas sobre o conceito de sistema e suas propriedades nas filosofias de Kant e Fichte.

Referências

ALBERT, Hans. Tratado da razão crítica. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1976.

BECKENKAMP, Joãosinho. Entre Kant e Hegel. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2004.

BEISER, Frederick. The fate of reason: German philosophy from Kant to Fichte. Cambridge, Mass.: Harvard University Press, 1987.

BONACCINI, Juan. “Nota sobre o problema da fundamentação última da Begriffssrift de Fichteâ€, Dois Pontos 4.1 (2007): 47-61.

FICHTE, J. Gottlieb. A doutrina-da-ciência (1794). (Col. Os Pensadores). São Paulo: Nova Cultural, 1988.

FICHTE, J. Gottlieb. Sobre o conceito da doutrina-da-ciência ou da assim chamada filosofia (1794). (Col. Os Pensadores). São Paulo: Nova Cultural, 1988.

FICHTE, J. Gottlieb. O princípio da doutrina-da-ciência (1797). (Col. Os Pensadores). São Paulo: Nova Cultural, 1988.

FICHTE, J. Gottlieb. O programa da doutrina-da-ciência (1800). (Col. Os Pensadores). São Paulo: Nova Cultural, 1988.

FICHTE, J. Gottlieb. A doutrina-da-ciência e o saber absoluto (1801). (Col. Os Pensadores). São Paulo: Nova Cultural, 1988.

FILHO, Rubens T. O espírito e a letra: a crítica da imaginação pura em Fichte. São Paulo: Ãtica, 1975.

GIL, Fernando. Recepção da Crítica da razão pura: antologia de escritos sobre Kant (1786-1844). Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1992.

HEIDEGGER, Martin. Kant y el problema de la metafísica. México: Fondo de Cultura Económica, 1996.

KANT, Immanuel. Crítica da razão pura. Petrópolis, RJ: Vozes, 2012.

KANT, Immanuel. Crítica da razão prática. Lisboa: Edições 70, 1986.

KANT, Immanuel. Crítica da faculdade do juízo. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1995.

MARQUES, António. Organismo e sistema em Kant: ensaio sobre o sistema crítico kantiano. Lisboa: Presença, 1987.

LOPARIC, Zeljko. A semântica transcendental de Kant. Campinas: UNICAMP, 2001.

LOPARIC, Zeljko. “Heurística kantianaâ€, Cadernos de História e Filosofia da Ciência, 5 (1983): 73-89.

NAGEL, Ernest; NEWMAN, James. Prova de Gödel. São Paulo: Perspectiva, 1973.

SALLIS, John. “Fichte and the problem of systemâ€, Continental Philosophy Review, 9.1 (1976): 75-90.

STRAWSON, Peter. Los limites del sentido: ensayo sobre la Crítica de larazón pura de Kant. Madrid: Revista de Occidente, 1968.

TARSKI, Alfred. A concepção semântica da verdade. São Paulo: Unesp, 2007.

ZÖLLER, Gunter. “From transcendental philosophy to Wissenschaftslehre: Fichte’s modification of Kant’s idealismâ€, European Journal of Philosophy, 15.2 (2007): 249-269.

Downloads

Publicado

2015-06-30

Edição

Seção

Artigos