A imaginação e a construção doutrinária da Estética Transcendental
Palavras-chave:
estética, espaço, sÃntese, imaginação, doutrinaResumo
O objetivo deste trabalho é expor aquilo que se pode chamar de «a parte estética» do juÃzo determinante, ou seja, do juÃzo em sua tarefa cognitiva. Quer se desenvolver aqui a ideia de que a Estética Transcendental só se apresenta como uma doutrina justamente pela presença do fenômeno a ser conhecido, que põe a funcionar todo aparato cognitivo tÃpico da imaginação. Certamente, deixando aqui de lado a AnalÃtica dos PrincÃpios, a sÃntese tripla é, neste sentido, a «construtora» prévia desta doutrina estética, sobretudo se tomarmos como ponto de partida as afirmações de Kant, segundo as quais o espaço e o tempo são produtos da imaginação.Referências
ALLISON, H. E. El idealismo trascendental de Kant: una interpretación y defensa. Barcelona: Anthropos, 1992.
ALLISON, H. E. Kant's theory of taste. A reading of the Critique of Aesthetic Judgment. Cambridge: Cambridge University Press, 2001.
ALLISON, H. E. Kant´s transcendental idealism: an interpretation and defense. New Haven: Yale University Press, 2004.
CAIMI, M. “Comments on the conception of imagination in the Critique of pure Reasonâ€. In. Recht und Frieden in der Philosophie Kants. Akten des X. Internationalen Kant-Kongress. Band 1 – Hauptvorträge. Berlin: Walter de Gruyter, p.39-50, 2008.
DELEUZE, G. A filosofia crÃtica de Kant. Lisboa: Edições 70, 2000.
DORNER, A. J. “Kants Kritik der Urteilskraft in ihrer Beziehung zu den beiden anderen Kritiken und zu den nachkantischen Systemenâ€. Kant-Studien 4. (1900) pp. 248-285.
HAVET, J. Kant et le probleme du temps. Paris: Gallimard, 1947.
HANNA, R. Kant e os fundamentos da filosofia analÃtica. São Leopoldo: Editora Unisinos, 2004.
HEIDEGGER, M. Kant und das Problem der Metaphysik. Frankfurt am Main: Vittorio Klostermann, 1991.
HENRICH, D. “The Proof-Structure of Kant's Transcendental Deductionâ€. The Review of Metaphysics. Vol. 22, No. 4, (1969) pp. 640-659.
HÖFFE, O. Immanuel Kant. São Paulo: Martins Fontes, 2005.
HÖFFE, O. Kants Kritik der reinen Vernunft. Die Grundlegung der modernen Philosophie. München: C.H. Beck. 2004.
KANT, I. (1968) AA (01 - 29): Kants gesammelte Schriften. Hrsg. von der Königlich Preussischen Akademie der Wissenschaften zu Berlin. Berlin: G. Reimer (Walter de Gruyter), 1900.
KANT, I. Reflexionen Kants zur kritischen Philosophie. Aus Kants handschriftlichen Aufzeichnungen herausgegeben von Benno Erdmann. Neu herausgegeben von Norbert Hinske. Stuttgart: Frommann-Holzboog, 1992.
KANT, I. Observações sobre o sentimento do belo e do sublime. Campinas: Papirus, 1993.
KANT, I. “Que significa orientar-se no pensamento?†In. KANT, I. A paz perpétua e outros opúsculos. Lisboa: Edições 70, 1995a.
KANT, I. Duas introduções à CrÃtica do JuÃzo. São Paulo: Iluminuras, 1995b.
KANT, I. Kritik der reinen Vernunft. Hamburg : Felix Meiner, 1998.
KANT, I. Correspondence. Translated and edited by Arnulf Zweig. The Cambridge Edition of the Works of Immanuel Kant, Cambridge: Cambridge University Press, 1999.
KANT, I. Forma e princÃpios do mundo sensÃvel e do mundo inteligÃvel. In. Escritos Pré-CrÃticos. São Paulo: UNESP, 2005.
KANT, I. Kritik der Urteilskraft. Beilage: Erste Einleitung der Kritik der Urteilskraft. Hamburg: Meiner Verlag, 2006a.
KANT, I. Antropologia de um ponto de vista pragmático. São Paulo: Iluminuras, 2006b.
KANT. I. CrÃtica da Faculdade do JuÃzo. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2010.
KANT, I. CrÃtica da razão pura. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 2013.
KANT, I. Manual dos cursos de lógica geral. Campinas: Editora da UNICAMP, 2014a.
KANT, I. Prolegômenos a qualquer metafÃsica futura que possa apresentar-se como ciência. São Paulo: Estação Liberdade, 2014b.
KULENKAMPFF, J. “Do gosto como uma espécie de sensos communis, ou sobre as condições da comunicação estéticaâ€. In. ROHDEN, V. (org.). 200 anos da CrÃtica da faculdade do juÃzo de Kant, pp. 50-64. Porto Alegre: UFRGS. 1992. p. 65-82.
LEBRUN, G. Kant e o fim da metafÃsica. São Paulo: Martins Fontes, 1993.
LEHMANN, G. “Voraussetzungen und Grenzen systematischer Kantinterpretationâ€. Kant-Studien 49. Berlin: Walter de Gruyter, 1958. S. 364-388.
LONGUENESSE, B. Kant and the Capacity to Judge: Sensibility and Discursivity in the Transcendental Analytic of the Critique of Pure Reason. Princeton University Press: 2001.
LOPARIC, Z. “A finitude da razão: observações sobre o logocentrismo kantianoâ€. In. ROHDEN, V. (org.). 200 anos da CrÃtica da faculdade do juÃzo de Kant. Porto Alegre: UFRGS. 1992. p. 50-64.
LOPARIC, Z. A semântica transcendental de Kant. UNICAMP: Campinas, 2005. 3ed.
LOPARIC, Z. “Acerca da sintaxe e da semântica dos juÃzos estéticosâ€. Studia Kantiana v. 5 n. 1. 2001. p. 49-90.
LOPARIC, Z. “Os problemas da razão pura e a semântica transcendentalâ€. Dois Pontos v.2. n.2. (2005), p. 113-128.
LOPARIC, Z. “Os juÃzos de gosto sobre a arte na terceira CrÃticaâ€. In. MARQUES, U.R.A. Kant e a música. São Paulo: Barcarolla, 2010. p. 29-60.
MAKKREEL. R. A. Imagination and interpretation in Kant. The hermeneutical import of the Critique of Judgement. Chicago: University of Chicago Press, 1994.
MARQUES, A. Organismo e sistema em Kant. Lisboa: Editorial Presença, 1987.
MARQUES, A. A filosofia perspectivista de Nietzsche. São Paulo: Discurso Editorial, 2003.
MARQUES, A. “A terceira CrÃtica como culminação da filosofia transcendental kantianaâ€. O Que Nos Faz Pensar, v.7, n.9 (1995) p.5-27.
MARQUES, A. “O valor crÃtico do conceito de reflexão em Kantâ€. Studia Kantiana 4(I): (2003), p. 27-42.
MARQUES, A. “Reflexão e ficção na estética de Kantâ€. In. SANTOS, L. R. dos. (org). Kant em Portugal: 1974-2004. Lisboa: CFUL, 2007. p. 359-369.
PIMENTA, O. C. A imaginação de Kant e os dois objetos para nós. E ainda, a propósito da doutrina do esquematismo e das duas deduções das categorias. Tese. UFMG, 2012.
SANTOS, L. R. dos. Ideia de uma heurÃstica transcendental. Ensaios de meta-epistemologia kantiana. Lisboa: Esfera do Caos, 2012.
SCHMIDT, R. Kants Lehre von der Einbildungskraft. Mit besonderer Rücksicht auf die Kr. d. U. Annalen der Philosophie und philosophischen Kritik. H. VAIHINGER u. R. SCHMIDT (hrsg.), Annalen der Philosophie und philosophischen Kritik. 4. Bd., Leipzig 1924, S. 1-41.
SILVA, H. L. da. “O jogo livre da imaginação é compatÃvel com a dedução kantiana das categorias?†Studia Kantiana, n. 18 (2015), p. 182-2015.
SUZUKI, M. A forma e o sentimento do mundo. São Paulo: Editora 34, 2014.
TORRES FILHO, R. R. O espÃrito e a letra. São Paulo: Ãtica, 1975.
ZSCHOCKE, W. “Über Kants Lehrer vom Schematismus der reinen Vernunftâ€. Kant-Studien 12, (1907), pp. 157-212.