Onde (não) entram voz universal e sensus communis nos juÃzos-de-gosto?
Palavras-chave:
CrÃtica do JuÃzo, voz universal, sensus communis, fundamentação transcendental dos juÃzos-de-gostoResumo
Seja uma das tarefas da CrÃtica do JuÃzo a fundamentação transcendental de uma faculdade que, como Entendimento e Razão, possui a priori seus princÃpios legislantes. Em virtude desta fundamentação atribui Kant à faculdade do JuÃzo – e ao sentimento de prazer envolvido em juÃzos-de-gosto estéticos – validade universal. Contudo, em meio ao segundo momento da AnalÃtica do Belo, afirma Kant que quem profere um juÃzo-de-gosto “crê ter em seu favor uma voz universal (baseada num sensus communis) e reivindica a adesão de qualquer um†(KU, AA 05: 216). Sendo assim, voz universal e sensus communis parecem colidir com a fundamentação transcendental dos juÃzos-de-gosto: porque ou reivindicamos universalidade graças à sua localização transcendental; ou porque, proferindo tais juÃzos, cremos ouvir uma voz universal. O presente artigo se debruça sobre algumas obscuridades da argumentação kantiana referente à s figuras de voz universal e sensus communis em juÃzos-de-gosto, numa tentativa de situá-las no contexto da terceira CrÃtica.Referências
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