“Jogo livre†e a “sensificação de ideias†na CrÃtica do juÃzo de Kant
Palavras-chave:
CrÃtica do JuÃzo, jogo livre, ideias estéticas, ideias morais, antinomia do gosto.Resumo
Na discussão acerca da relação sistemática entre as diversas doutrinas expostas na Primeira Parte da CrÃtica do JuÃzo, a questão da ligação entre o juÃzo de gosto estético e um determinado tipo de possÃveis objetos de tal juÃzo, a saber, dos produtos da Arte, é de grande importância, contudo não suficientemente esclarecida por Kant. - Ainda que, em virtude da fundamentação do juÃzo de gosto na base de uma atividade (receptiva) genuinamente “estéticaâ€, i.e., determinada por um jogo livre das faculdades de conhecimento, qualquer forma de orientação conceitual-objetiva fique rigorosamente descartada, a introdução da figura (produtiva) da “ideia estéticaâ€, no contexto posterior da “Arte do gênioâ€, parece desmentir este primeiro princÃpio, já que, com isso, entra, como novo elemento constitutivo, a razão, elemento esse que ficou explicitamente excluÃdo na exposição inicial da atividade de reflexão estética, caracterizada como jogo livre apenas entre as faculdades de conhecimento entendimento e a imaginação. - Neste trabalho, pretende-se analisar essa constelação problemática e tentar encontrar um caminho para conciliar os dois elementos doutrinais aparentemente contraditórios, com base na afirmação posterior de Kant (§ 60), segundo a qual o gosto “no fundo†nada mais é do que “uma faculdade de ajuizamento da sensificação de idéias morais, mediante uma certa analogia de reflexãoâ€Referências
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