Aparência, presentação e objeto. Notas sobre a ambivalência de ‘Erscheinung’ na teoria kantiana da experiência Autores Renato Duarte Fonseca Universidade Federal de Santa Maria (Santa Maria, RS, Brasil) Resumo O artigo considera a caracterização da aparência (Erscheinung) como o “objeto indeterminado de uma intuição empÃricaâ€, no inÃcio da Estética Transcendental, para explorar uma ambivalência no uso do termo por Kant. Meu propósito é esclarecer a distinção entre dois sentidos da palavra no corpus kantiano durante o assim chamado perÃodo crÃtico. No sentido empÃrico, proponho, o termo designa a presentação sensória de um objeto de experiência. No sentido transcendental, o termo designa um objeto de experiência possÃvel, categorialmente determinado e passÃvel de reconhecimento sob os conceitos apropriados. Embora não sejam extensionalmente exclusivos, os sentidos empÃrico e transcendental de ‘aparência’ não são coextensivos. No tocante ao primeiro ponto, toda presentação sensória é um objeto de experiência (interna) possÃvel. No tocante ao segundo, embora objetos de experiência externa só possam ser reconhecidos através de presentações sensórias, eles não podem ser tomados como tais. Downloads PDF Edição v. 11 n. 14 (2013) Seção Artigos